sábado, 27 de junho de 2009

FRAGMENTO MEMORIALISTICO

“Somos aquilo que vamos adquirindo ao longo da vida... e vamos construindo nosso jeito de olhar a nós mesmos e ao mundo”.
(Francisco Gregório Filho in YUNES, 2002,p.136)


Quando criança brincava muito, o faz de conta era nossa brincadeira preferida. Lembro que meu pai um comerciante muito conhecido na cidade, tinha um deposito que na época achava tão grande. Chegava a perder-me entre as caixas de bebidas e biscoitos que ele armazenava...
Todos os dias nós reuníamos no deposito para brincar, pegávamos as caixas e fazia casinhas todas arrumadinhas com fogão e camas, pegava as coisas de minha mãe roupas, sapatos e jóias para imitar os adultos, Minha mãe ficava uma fera, meu pai brigava porque estragava muitas caixas e dava-lhe prejuízo. Na rua também brincávamos, de esconde-esconde, baleado e de bandeirinha chegava sempre muito suja em casa e a noite para dormir tinha que lavar os pés. Quando chovia adorava pegar tanajuras, enchia um saquinho plástico e ficava competindo com os colegas para ver quem pegava mais. Era uma delicia correr no vento depois que a chuva caia, escorregar na lama e cavar os buracos na areia para enterrar as tanajuras.

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